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Investimentos

08 de Junho de 2023 as 03:45:46



CSN MINERAÇÃO Resultado 1T23 e Revisão de Preço: Melhora Operacional


 
CSN MINERAÇÃO Resultado 1T23
e Revisão de Preço-Alvo das Ações
 
Continuidade da Melhora Operacional;
Novo Preço-Alvo 2023e
 
Por Mary Silva, CNPI-P
 
Os resultados do 1T23 da CSN Mineração mostraram uma continuidade da melhora operacional iniciada no trimestre anterior, mesmo considerando a fraca sazonalidade do período.
 
A despeito da queda no volume de produção em função das chuvas usuais do início do ano, que também afetaram o escoamento dos produtos e, consequentemente, o volume de venda, o aumento dos preços médios realizados impulsionou a receita líquida, que atingiu R$ 4,1 bilhões (+17,2 t/t). 
 
Os custos de produção voltaram a se elevar, mas os preços de fretes marítimos continuaram recuando, e como resultado, houve incremento de 13,1% t/t no EBITDA ajustado para R$ 2,0 bilhões, que representa uma margem EBITDA ajustada de 49,1% (-1,7 p.p. t/t). 
 
No entanto, o impacto negativo das lihas financeiras consumiu a maior parte do bom resultado operacional, tendo o lucro líquido ficado em apenas R$ 516 milhões (-40,8% t/t). 
 
A Companhia voltou a registrar caixa líquido, que encerrou o 1T23 em R$ 610 milhões, revertendo a dívida líquida de R$ 2 bilhões no 4T22. 
 
Vale destacar que os investimentos para expansão seguiram em ritmo lento, mesmo após a revisão de cronograma, volumes e valores anunciados no CSN Mineração Day 2022. 
 
A empresa anunciou aprovações de proventos, que totalizam R$ 2,5 bilhões a serem pagos a partir de 17/05, que representam R$ 0,46 por ação e um yield de 12% sobre a cotação média de CMIN3 dos últimos 12 meses.
 
Após a revisão de nosso modelo financeiro, incorporando 
 
(i)   os últimos resultados, 
(ii)  as estimativas da empresa para 2023, 
(iii) o novo cronograma, volumes e valores do projeto de expansão, e 
(iv) novas premissas de longo prazo, incluindo preços de minério de ferro, apresentamos nosso novo preço-alvo 2023e de R$ 5,50 (antes R$ 5,70) para CMIN3, e mantemos a recomendação Neutra.
 
Destaques operacionais e financeiros
 
No 1T23, o volume de produção teve queda de 4% t/t, impactado pelas chuvas sazonais do início do ano, e atingiu 8,4 Mt – vale pontuar que esse volume foi 38% superior ao do mesmo período do ano anterior, quando as chuvas foram acima da média.
 
Com isso, a Companhia manteve o guidance de produção para 2023, de 39-41 Mt. O volume de vendas, por sua vez, recuou 11,4% t/t, refletindo problemas de escoamento pela ferrovia da MRS causados pelas chuvas e pela queda de vendas no mercado interno. 
 
Por outro lado, a continuidade da recuperação dos preços de referência de minério de ferro, que chegaram a ultrapassar os US$ 130/t, levou a uma forte elevação nos preços realizados pela CSN Mineração para US$ 91,9/t (+33,6% acima do 4T22). 
 
Como resultado, a receita líquida avançou 17,2% t/t para R$ 4,1 bilhões. 
 
Os custos de produção tiveram aumento de 20,1% t/t, ocasionado pelo maior volume de compra de terceiros e dos itens atrelados à cotação do minério, como arrendamento no porto. O custo caixa unitário C1 avançou 7,5% na comparação trimestral para US$ 22,9/t (ante US$ 21,3/t no 4T22), ficando acima do guidance da empresa para o ano de 2023 (US$ 19-21/t). 
 
Já os preços médios de fretes marítimos continuaram a trajetória de queda (-11% t/t), como reflexo da maior disponibilidade de navios e dos menores custos de combustíveis. Como resultado, o EBITDA ajustado teve crescimento de 13,1% t/t para R$ 2 bilhões, com margem de 49,1% (queda de 1,7 p.p. em relação ao trimestre anterior). 
 
O resultado financeiro foi negativo em R$ 381 milhões (ante R$ 439 milhões negativos no 4T22), em função do impacto da variação cambial (sem efeito caixa), e a companhia também registrou despesas com hedge de preços de minério de ferro no período, que consumiram parte do bom resultado operacional, fazendo com que o lucro líquido ficasse em R$ 516 milhões (-41% t/t). 
 
Segundo a Empresa, com base na posição em aberto das operações de hedge mencionadas após o 1T23, deverá ocorrer uma reversão de parte dessas despesas no 2T23 em função da queda nos preços de minério observada desde então. 
 
O fluxo de caixa livre foi positivo em apenas R$ 379 milhões, em função dos impactos das linhas financeiras com efeito caixa e pelo aumento do capital de giro (incremento no contas a receber e nos estoques pela elevação nos preços de minério de ferro). Os investimentos foram de R$ 248 milhões (ante R$ 222 milhões no 4T22), sendo que R$ 89 milhões foram destinados aos projetos de expansão, que continuam em ritmo lento. 
 
A Companhia voltou a registrar caixa líquido, que encerrou o 1T23 em R$ 610 milhões, revertendo a dívida líquida de R$ 2 bilhões no 4T22, diante da recuperação da posição de caixa (para R$ 9,25 bilhões, ante R$ 6,7 bilhões no 4T22), viabilizada principalmente pelo pré-pagamento de US$ 500 milhões realizado com a Glencore no início do ano. 
 
No último dia 29/04, a companhia anunciou a aprovação de dividendos de R$ 632 milhões (~R$ 0,115 por ação) referentes ao exercício de 2022, e junto com a divulgação do resultado do 1T23, foi declarada a aprovação de mais R$ 1,55 bilhão em dividendos intermediários (R$ Os papéis da CSN Mineração se mantiveram resilientes nos primeiros meses de 2023, refletindo a recuperação dos preços de minério de ferro, e, embora tenham passado por uma correção parcial recentemente, acompanhando o movimento da commodity, acumulam a maior valorização do setor na bolsa brasileira em 2023 (+12,3% ante uma desvalorização de 7,2% do Ibovespa).
 
Acreditamos que o bom desempenho da ação também está relacionado às perspectivas mais animadoras para os resultados operacionais da companhia, que se concretizaram no 1T23 considerando não apenas a elevação nos preços da commodity, mas também o nível de preços médios realizados pela companhia e a melhora em relação ao custo de frete no período, que impactou negativamente seu resultado em trimestres anteriores. 
 
Em nossa visão, a entrega de bons números operacionais pelo segundo trimestre consecutivo deverá continuar reforçando a confiança dos investidores com relação à execução e contribuir para a sustentação das cotações, embora no curto prazo esperamos que o papel continue com elevada volatilidade, acompanhando a dinâmica do setor. No médio prazo, a manutenção da boa performance operacional, bem como o avanço dos projetos de expansão dentro do novo cronograma anunciado são fundamentais para suportar a atratividade da tese de Companhia e, assim, se traduzir em valorização mais substancial das ações.
 
Somados, os valores totalizam ~R$ 0,46 por ação e representam um yield de 12% sobre a cotação média de CMIN3 dos últimos 12 meses.
 
Desempenho da ação
 
Os papéis da CSN Mineração se mantiveram resilientes nos primeiros meses de 2023, refletindo a recuperação dos preços de minério de ferro, e, embora tenham passado por uma correção parcial recentemente, acompanhando o movimento da commodity, acumulam a maior valorização do setor na bolsa brasileira em 20231 (+12,3% ante uma desvalorização de 7,2% do Ibovespa). 
 
Acreditamos que o bom desempenho da ação também está relacionado às perspectivas mais animadoras para os resultados operacionais da companhia, que se concretizaram no 1T23 considerando não apenas a elevação nos preços da commodity, mas também o nível de preços médios realizados pela companhia e a melhora em relação ao custo de frete no período, que impactou negativamente seu resultado em trimestres anteriores. 
 
Em nossa visão, a entrega de bons números operacionais pelo segundo trimestre consecutivo deverá continuar reforçando a confiança dos investidores com relação à execução e contribuir para a sustentação das cotações, embora no curto prazo esperamos que o papel continue com elevada volatilidade, acompanhando a dinâmica do setor. No médio prazo, a manutenção da boa performance operacional, bem como o avanço dos projetos de expansão dentro do novo cronograma anunciado são fundamentais para suportar a atratividade da tese de Companhia e, assim, se traduzir em valorização mais substancial das ações.
 
Revisão de preço
 
> Tese de investimento: 
 
    (i)   Recuperação gradual da demanda de minério de ferro na China ao longo de 2023; 
   (ii)  manutenção dos preços de minério de ferro em patamares sustentáveis, apesar da volatilidade no curto prazo; 
   (iii) expansão das operações da Companhia, com projetos que visam duplicar sua capacidade de produção; 
  (iv) segurança e independência de barragens; e 
   (v) alta geração de caixa, proporcionando a manutenção de elevado payout. 
 
Riscos: 
 
  (i) Desaceleração da atividade industrial global acima do esperado e expectativa de retomada na China não se concretizando, afetando a demanda de minério de ferro; 
  (ii) queda significativa nos preços internacionais da commodity; 
  (iii) novos incrementos substanciais de custos de produção, incluindo os custos de carvão e logística, especialmente fretes marítimos, já que a companhia se utiliza majoritariamente da modalidade spot (à vista); 
(iv) atrasos relevantes e/ou novas postergações do cronograma de expansão da CSN Mineração ou falha em implementar os projetos; e 
(v) quaisquer mudanças estruturais na dinâmica da indústria siderúrgica global, que ameace o mercado mundial de minério de ferro. 
 
Valuation. 
 
Revisamos nosso modelo financeiro, incorporando 
 
     i) os últimos resultados, 
  (ii) as estimativas da empresa para 2023, 
 (iii) o novo cronograma, volumes e valores do projeto de expansão, e 
 (iv)  novas premissas de longo prazo, incluindo os preços de minério de ferro, conforme abaixo:
 
Nosso novo preço-alvo 2023e é de R$ 5,50 para CMIN3 (antes R$ 5,70), com recomendação Neutra.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, preparado por
MARY SILVA, CNPI-P, analista do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARY SILVA, CNPI-P, analista do BB Investimentos





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